Então porquê que queremos saber muito sobre culinária, carros, futebol ... e não queremos aprender sobre como educar melhor? Como ser melhor pai? Como ser melhor mãe? Porque será? Talvez já se saiba tudo. Para educar e para ensinar não basta exigir, tem de se dar em troca. Muitos adultos exigem, exigem .... e não contribuem. Não basta comida na mesa, roupa lavada, telemóvel novo e dezenas de chapéus e ténis de marca... Não, não se tem tudo! Por vezes falta o essencial. Paz, tranquilidade, segurança, respeito... tempo. Exige-se boas notas porque é obrigação, no entanto não há tempo para conversar, para brincar, para contar uma história, para partilhar um abraço. Exigem-se os resultados e subtraem-se os carinhos. Ninguém aprende se estiver infeliz! Tão simples e tão complicado de entender? Com isto não quero dizer que sou detentora da verdade e também sei que tenho cinquenta por cento de hipóteses de estar certa e cinquenta por cento de hipóteses de estar errada... depende da opinião e da perspetiva de quem me lê. Fico do lado da causa ou coloco-me do lado do efeito? Prefiro colocar-me do lado da causa e modificar o efeito. Mesmo sem verdades absolutas, escolho os afetos, valorizar o trabalho, promover o sucesso e aprender. Aprender até ao final da vida... Sorrisos Eunice Pinto www.academiadesucesso.pt Na nossa sociedade facilmente caímos na armadilha de pensar que é mais fácil obedecer às regras por obrigação ou por medo do que por colaboração e compreensão. Eis alguns exemplos:
- As regras são estas! - Cá em casa quem manda sou eu! - Enquanto eu cá estiver é assim, quando eu me for embora fazem como quiserem! - Azar, eu é que mando! As crianças que obedecem cegamente porque têm medo, correm o risco de se tornarem apáticas, sem iniciativa e sem criatividade, porque o respeito é muito diferente de medo! Esta forma de educar cria resistência, revolta e se for de uma forma persistente poderá criar ausência de pensamento critico. Existem crianças que na primeira oportunidade e sempre que possam quebram as regras, porque não se tornaram colaboradores e participantes. Eu tenho e sempre tive alunos cujos pais são muito exigentes em termos de regras e os seus filhos são aqueles que mais tentam fugir delas. A forma como as regras são faladas são meio caminho andado para a sua aplicabilidade. Em primeiro lugar deverá haver conexão entre o adulto e a criança, quanto mais distante este adulto estiver maior resistência existe na aceitação das regras. Quando falo em conexão refiro-me ao olhar, ao nível de comunicação, ao respeito mútuo, compreensão, interesse pelo outro, em PNL – Programação Neurolinguística chama-se a isto Rapport. Em segundo lugar, todos os factos devem ser explicados e compreendidos. Em terceiro lugar vem a aceitação de ambas as partes. Por último aparece a aplicabilidade da regra e a sua realização. Esta conversa certamente que demorará mais algum tempo do que uma simples frase, mas acreditem que no futuro os resultados vão ser muito mais animadores. A participação ativa e a colaboração em todo o processo de negociação por parte das nossas crianças e jovens, permite criar um espírito critico, inovador e flexível nos adultos de amanhã. Um dos pressupostos da PNL de que eu gosto muito é o seguinte: O comportamento de alguém não é a pessoa. (aceite a pessoa, transforme o comportamento) Sorrisos Eunice Pinto www.academiadesucesso.pt |
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Agosto 2018
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